O executivo da Microsoft e evangelista do setor de desenvolvimento Jerry Nixon deu uma mensagem bem clara durante uma conferência realizada na última semana: o Windows como o conhecemos deixará de existir.
O Windows 10 será de fato a última versão do sistema operacional, mas isso não quer dizer que ele será extinto. Na verdade, ele vai evoluir para algo maior.
O que acontece: a Microsoft percebeu que não vale mais a pena manter o Windows como um produto, lançando versões completas a cada três ou mais anos. Um dos motivos é o ritmo acelerado do desenvolvimento e evolução das plataformas móveis, e mesmo o ciclo mais curto de updates de sistemas para desktops como o OS X e as distribuições Linux.
Uma das grandes reclamações dos usuários é a demora que Redmond levava para responder a novos formatos e padrões, mas o buraco é bem mais embaixo. O Windows sempre teve necessidade de ser pesado, enorme porque precisa reconhecer inúmeros drivers, coisa que não acontece com um Mac: todos saem da fábrica iguais, não são montados por diversas companhias ou suas peças são vendidas diretamente para o consumidor.
Ainda assim era preciso acelerar o ciclo de atualizações. O Windows 7 foi lançado em 2009, o W8 em 2012 e mesmo assim o XP, introduzido no longínquo ano de 2001 ainda figura entre as versões mais populares, mesmo estando morto (ou quase). Um dos principais motivos: ambos não agradaram já que as mudanças foram grandes demais; a interface antes conhecida como Metro, hoje Modern assustou muita gente, e mesmo entre os que migraram são poucos que a utilizam 100% do tempo.
Solução: voltar ao básico. O Windows 10 terá uma pegada de XP com as novidades introduzidas no 8, mas essa nem será a mudança mais radical. O SO vai evoluir de produto para serviço, migrando para uma plataforma integrada que vai unir desktop, smartphones, tablets e Xbox One. Dessa forma esta versão será a última comercializada da forma tradicional. De agora em diante a Microsoft lançará correções, melhorias e updates com mais frequência, a fim de manter o W10 sempre atual e emparelhado com seus concorrentes diretos.
A Microsoft poderia adotar o formato dos updates de sistemas mobile como o iOS e o Android, que são liberados de tempos em tempos e instalados conforme o usuário desejar ou, na minha opinião a melhor alternativa, fazer como o Chrome que empurra as atualizações à força. Com isso o nome “Windows 10” seria meramente uma marca (já é, tanto que pularam o 9) e a versão do sistema operacional seria irrelevante, contanto que continue rodando e esteja sempre em dia.
“Ah, mas a Microsoft vai deixar de ganhar dinheiro”.
Sim, mas ela já não consegue hoje convencer usuários mais antigos a migrarem para versões mais novas do Windows, portanto Redmond já não faz tanto dinheiro assim com a venda do SO. Quando Satya Nadella assumiu o comando do barco ele deixou claro qual seria o novo rumo da Microsoft: estar presente no maior número de plataformas possível. O dinheiro virá do Office, do OneDrive, do Azure. O Windows como um serviço será um meio, não um fim.
Enfim, os planos estão bem adiantados. O Windows 10 chegará em breve e ao que tudo indica o grande primeiro update, chamado provisoriamente de Redstone está sendo preparado para 2016.
Fonte: http://meiobit.com/316838/windows-10-sera-o-ultimo-evolucao-windows-como-servico/
Nenhum comentário:
Postar um comentário