Todas têm idades entre os 11 e os 13 anos e foram seleccionadas em quatro escolas do município para participarem na edição portuguesa do programa EX.I.T.E - Explorar Interesses pela Tecnologia e Engenharia, com que todos os anos a multinacional IBM procura sensibilizar o público feminino para opções de carreira em áreas que, tradicionalmente, continuam a ser típicas do género masculino.
Lara Campos Tropa é a responsável pela divisão de Marketing, Comunicações e Cidadania da IBM Portugal e, a caminho de uma vídeo-conferência como todas as outras que frequentemente preenchem a sua agenda de trabalho, disse: “Há uma tendência para serem os rapazes a escolherem essas áreas e o nosso objectivo é motivar as raparigas para que abram os seus horizontes a matérias como a ciência, a matemática e, sobretudo, as engenharias”.
A semana de actividades do EX.I.T.E abarca um leque diversificado de temas, como a ginástica, a Língua Portuguesa, o Voluntariado e a Alimentação, mas o programa definido pela IBM tem como núcleo principal quase 10h de Robótica à base de componentes Lego.
“As meninas estão toda a semana envolvidas na construção de um robot que tem que respeitar determinados comandos. Há tecnologia em tudo o que fazemos e, com diversão, alegria e trabalho em grupo, elas acabam por perceber isso” explica Lara Campos Tropa.
Com sete anos de experiência em Portugal, o EX.I.T.E. vem demonstrando que “o país não está entre os piores” na distribuição sexual dos domínios tecnológicos, mas a ausência feminina desse universo é uma “oportunidade perdida” e ainda há muito trabalho a fazer a esse nível.
Tomada de decisões
“Em tudo, a diferença traz mais-valias. Se homens e mulheres são diferentes, a conjugação das características de uns e outros tem vantagens na tomada de decisões, no desenvolvimento e na inovação” defende Lara Campos Tropa.
Manuela Barbosa tem 13 anos e, embora ainda agarrada à ideia de ser jornalista, a meio do programa EX.I.T.E. já conseguia que o robot da sua equipa mudasse de direcção ao chocar com um obstáculo: “Este projecto serve para muitas raparigas que têm a ideia de seguir um trabalho em que só há mulheres deixem de pensar nisso”, argumenta a “Exitiana”.
“Isso de haver coisas só para elas e coisas só para eles já foi mais acentuado”, defende a estudante do 9.º ano que, no workshop de Comunicação desta semana, deverá ficar “ainda mais apanhada” pelo jornalismo, como sussurra uma monitora ao observar quanto essa área depende das tecnologias.
Rita Bastos, também com 13 anos, diz que tem mais jeito para advogada, mas reconhece: “Já não passamos sem a internet e essas tecnologias todas, e isto é capaz de me ajudar”.
Habitualmente serena e discreta, Rita manteve a compostura ao almoço, na aula de ginástica que se seguiu e até quando o seu robot Lego não reagiu como desejava aos seus comandos, mas irritou-se perante a sugestão de que as mulheres poderão não ter a mesma aptidão que os homens para determinadas profissões.
“As mulheres têm tantos direitos e tantas capacidades quanto os homens”, garante a menina, de repente a gesticular muito - “São tão fortes como os homens, e eu não estou a falar só de músculo”.
“As meninas estão toda a semana envolvidas na construção de um robot que tem que respeitar determinados comandos. Há tecnologia em tudo o que fazemos e, com diversão, alegria e trabalho em grupo, elas acabam por perceber isso” explica Lara Campos Tropa.
Com sete anos de experiência em Portugal, o EX.I.T.E. vem demonstrando que “o país não está entre os piores” na distribuição sexual dos domínios tecnológicos, mas a ausência feminina desse universo é uma “oportunidade perdida” e ainda há muito trabalho a fazer a esse nível.
Tomada de decisões
“Em tudo, a diferença traz mais-valias. Se homens e mulheres são diferentes, a conjugação das características de uns e outros tem vantagens na tomada de decisões, no desenvolvimento e na inovação” defende Lara Campos Tropa.
Manuela Barbosa tem 13 anos e, embora ainda agarrada à ideia de ser jornalista, a meio do programa EX.I.T.E. já conseguia que o robot da sua equipa mudasse de direcção ao chocar com um obstáculo: “Este projecto serve para muitas raparigas que têm a ideia de seguir um trabalho em que só há mulheres deixem de pensar nisso”, argumenta a “Exitiana”.
“Isso de haver coisas só para elas e coisas só para eles já foi mais acentuado”, defende a estudante do 9.º ano que, no workshop de Comunicação desta semana, deverá ficar “ainda mais apanhada” pelo jornalismo, como sussurra uma monitora ao observar quanto essa área depende das tecnologias.
Rita Bastos, também com 13 anos, diz que tem mais jeito para advogada, mas reconhece: “Já não passamos sem a internet e essas tecnologias todas, e isto é capaz de me ajudar”.
Habitualmente serena e discreta, Rita manteve a compostura ao almoço, na aula de ginástica que se seguiu e até quando o seu robot Lego não reagiu como desejava aos seus comandos, mas irritou-se perante a sugestão de que as mulheres poderão não ter a mesma aptidão que os homens para determinadas profissões.
“As mulheres têm tantos direitos e tantas capacidades quanto os homens”, garante a menina, de repente a gesticular muito - “São tão fortes como os homens, e eu não estou a falar só de músculo”.
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